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domingo, 24 de abril de 2011

O auxílio dos PCN no planejamento das aulas do professor de artes

  A grande contribuição dos PCN foi ampliar e aprofundar o foco do ensino da Arte nas instituições escolares. Antes a questão da Arte na escola era somente a produção do aluno, atualmente se dá a inserção da produção cultural nacional e internacional, com a apreciação e reflexão. Os PCN trouxeram como princípio o diálogo entre o sistema da Arte e o da educação contemporânea, pois observa que se não houver essa sinergia não se fala nem de Arte, nem de educação. Uma das modalidades de orientação didática em Arte é o trabalho por projetos. Cada equipe de trabalho pode eleger projetos a serem desenvolvidos em caráter interdisciplinar, ou mesmo referentes a apenas uma das formas artísticas (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro). Os professores planejam situações de aprendizagem para o grupo, seguindo alguns critérios: eleição de projetos em conjunto com os alunos; participação ativa dos alunos em pesquisas e produções de referenciais ao longo do projeto em formas de registro que todos possam compartilhar; práticas de simulação de ações em sala de aula que criam correspondência com situações sociais de aplicação dos temas abordados, por exemplo, dar um seminário como se fosse um crítico de arte, opinar sobre uma peça apresentada como se estivesse falando para uma emissora de TV,etc.


  A área de Arte dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais envolve tanto a experiência de apropriação de produtos artísticos (que incluem as obras originais e as produções relativas à arte, tais como textos, reproduções, vídeos, gravações, entre outros) quanto o desenvolvimento da competência de configurar significações através da realização de formas artísticas. Ou seja, entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção artística pelos alunos, mas também a conquista da significação do que fazem, através do desenvolvimento da percepção estética, alimentada pelo contato com o fenômeno artístico visto como objeto de cultura através da história e como conjunto organizado de relações formais. É importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico; que suas experiências de desenhar, cantar, dançar ou dramatizar não são atividades que visam distraí-los da "seriedade" das outras disciplinas. Ao fazer e conhecer arte o aluno percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades (como percepção, observação, imaginação e sensibilidade) que podem alicerçar a consciência do seu lugar no mundo e que também contribuem inegavelmente para sua apreensão significativa dos conteúdos das outras disciplinas do currículo. Em minhas aulas acredito que utilizo o trabalho através de projetos. Atualmente estou realizando um trabalho com turmas de EJA na qual o objetivo é a compreensão da arte contemporânea e a experiência de poder apreciá-la, sentí-la, sendo que para isto tenha o aluno acesso a lugares onde encontra-se esta arte, ou seja, Museus de Arte Contemporânea. Dentro deste projeto está prevista uma visita à Fundação Iberê Camargo no dia 12 de maio. Como partes do projeto estão pesquisas, dúvidas, perguntas, estratégias de estudos de diferentes fontes de informação como filmes, material didático da própria Fundação Iberê Camargo e relação com as próprias experiências e conhecimentos dos alunos e professores, já que todos são de certa forma aprendizes. Está sendo um desafio este trabalho destinado às séries finais do ensino fundamental, pois são adolescentes e adultos que trazem conhecimentos e convicções, muitas vezes estereotipadas.










domingo, 10 de abril de 2011

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS

Iniciamos uma nova disciplina neste semestre que conta com uma questão muito importante no trabalho do professor: o planejamento de ações pedagógicas e situações de aprendizagem na área de artes visuais. Esta disciplina chama-se PLANEJAMENTO EDUCACIONAL EM ARTES VISUAIS.  Investigaremos formas de transformar conteúdos em conhecimentos e elaborar recursos e meios de tornar significativos os momentos de aprendizagem. Para realizarmos estes estudos e reflexões utilizaremos nossas vivências como alunos e como professores, além do auxílio de outros professores e pesquisadores de nossa área, através de textos e referências diversas.

A súmula desta disciplina é: Princípios de organização curricular em situação de ensino aprendizagem para o nível fundamental e médio.Na primeira semana relatamos uma experiência de situação de ensino-aprendizagem em que houve construção de conhecimento em artes visuais. Eis meu relato:

"Sempre gostei das aulas de artes, mas das séries iniciais lembro-me mais do contato com tintas, nada direcionado, eram mais desenhos e pinturas livres. Sinceramente não houveram aprendizados marcantes nas séries iniciais. Nas séries finais do ensino fundamental estudei em uma escola na qual as aulas de artes eram bem direcionadas e dada muito valor. Aprendi a fazer macramê, lembro-me que fiz um abajour e um trabalho que ficou na parede da sala. Eu cursava a sétima ou oitava série. Também nesta fase tive a oportunidade de aprender xilogravura e trabalhar com couro. Adorava estas aulas, eram demais! Foram várias técnicas utilizadas, despertava o interesse, a curiosidade e precisávamos nos empenhar. A professora era atenciosa, trabalhávamos em grupos, uns auxiliavam os outros. Na adolescência, depois de formada no magistério tive vontade de pintar, fiz curso de pintura em tecido e em cerâmica. Depois comecei sozinha a procurar tintas, comprava na antiga casa do desenho vidros de nanquin coloridos e ganhei de um tio que foi ao exterior uma caixa de aquarelas. Comecei a fazer experimentos em casa utilizando estas tintas e pastéis. Depois procurei um curso, aprendi um pouco mais e depois parei. O que fica é o que nos dá prazer, comprei outra caixa de aquarelas,mas não paro para praticar, tenho o sonho de aprender, pois acho a técnica linda. O aluno precisa estar envolvido no projeto, estar dentro de um contexto, ter significado para ele.

Eu sou...

Eu sou a incógnita, a revelação, a perfeição e o erro! Amo a noite, sou feito de dia. Sou metade lua, metade sol. Eu sou a lágrima, a gargalhada descompromissada, sou a piada, a efeméride diária, sou a epifania que encanta. Eu sou feito de sonhos, de realidade, a verdade é a mentira que eu mais gosto de contar. Eu amo mais amar que ser amado! A emoção não se faz pelo toque, se faz com o coração. Acredito que os olhos são fracos, se enganam com facilidade. Não quero mais acreditar em meus olhos, não aprecio mesmo as formas, interessa-me os conteúdos. Os frontispícios são para os fracos, quero a obra completa, tudo ou nada. Eu fiz tantas escolhas, algumas certas, outras erradas. Mas todas elas fizeram de mim o que sou, não as renego, não seria o que sou se tivesse tomado outros caminhos. Amo a intensidade de um momento, não acredito no amanhã, ele não existirá. Faço amor com as palavras, na busca eterna do texto perfeito. Ainda não o encontrei.... A busca continua. Sou fragmentos, pedaços que se colam e me formam... Cada um acreditando em uma coisa, a consciência tentando orientar esse amontoado de desejos distintos para que cheguem todos ao mesmo lugar: a felicidade!