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  • Vermelho como o Céu

sábado, 22 de agosto de 2009

Aula de Cianotipia no Pólo de São Leopoldo




Este é um cianótipo que fiz da foto de minha filha na aula do dia 22 de agosto no Pólo de São Leopoldo. É um processo interessante, que requer certos cuidados, mas de um resultado incrível.
A cianotipia foi um dos primeiros processos de impressão fotográfica em papel. Foi descoberta por Sir John Herschel, notável cientista, cuja atividade principal era a astronomia, tendo feito diversos achados neste campo. Além disso, fez pesquisas relevantes na fotografia e, segundo autores , deve-se a ele também a descoberta do hipossulfito como agente fixador.
A cianotipia tem este nome porque as imagens assim produzidas apresentam-se em azul. Isto acontece pelo fato de se basear em sais de ferro e não prata. Também é conhecida como ferroprussiato ou "Blueprint".
Não é um processo para produzir negativos, mas cópias em papel.A emulsão é muito lenta, mais ou menos da ordem de 0.0005 ISO. Por causa disso, é impraticável ampliar negativos sobre papel ao ferroprussiato. A cópia é obtida por contato, numa prensa especialmente construída, embaixo de uma luz rica em UV, podendo ser a própria luz do sol. Nesse caso, a impressão pode demorar de 15 a 45 minutos, dependendo da densidade do negativo. Após o tempo de exposição, a folha de papel é lavada em água corrente por alguns minutos e, ao secar, a imagem adquire tons azuis bem saturados
Provavelmente o primeiro livro de fotografia registrado foi feito com cianotipia. Em 1843, Anna Atkins, em seus estudos botânicos editou o livro "Photographs of British Algae: Cyanotype Impressions.

domingo, 16 de agosto de 2009

Filmes assistidos no Seminário Integrador 1 Ser Professor no Contexto Atual-Curso de Artes Visuais UFRGS

Gostei muito do filme “O Sorriso de Monalisa”. O período pós-guerra na qual se passa o filme era uma época em que as mulheres eram incentivadas a ficar em casa e assumir o papel de esposas e mães. A atriz principal do filme, Julia Roberts, é a meu ver uma feminista, pois foi neste período que surgiram as pioneiras do feminismo, enfrentando tabus e quebrando preconceitos numa época onde o homem ditava as regras. Particularmente achei o filme lindo, principalmente nas cenas em que a professora passa os slides para as alunas e a partir destes gera uma série de indagações, tais como o que é a arte, quem decide o que é arte, o que é feio, o que é bonito, a fotografia é arte?A professora teve um papel de mexer com as concepções que já estavam incutidas no que podemos chamar de senso comum, onde havia um pré conceito em relação ao que era belo nas Artes e um pré conceito em relação ao papel da mulher na sociedade. É um filme que nos faz refletir sobre nosso papel como educadores e instigadores de nossos alunos, no sentido de fazermos estes refletirem sobre os conceitos enraizados em nossa sociedade e sobre o que querem para suas vidas e que estão fazendo para alcançar seus objetivos. É um filme de outra época, mas mostra que hoje, como no passado, há professores que repetem única e exclusivamente o que aprenderam e há professores que tem a vontade e a coragem de inovar, de tentar algo diferente, desafiador. Com certeza este filme nos faz refletir sobre nosso fazer pedagógico.


Algumas frases ditas no filme que achei interessantes:


“Nem todo errante é sem propósito, especialmente aquele que busca a verdade além da tradição, além da definição, além da imagem.”



Arte é “fazer algo palpável de algo completamente impalpável.”



“A Arte não precisa fazer sentido, é pura expressão de emoções.”
Filme "Nascidos em Bordéis"
Eu não conhecia este filme documentário e achei-o emocionante, assim como a maioria das colegas. Este documentário é sobre um grupo de crianças nascidas e criadas na Zona da Luz Vermelha de Calcutá, Índia. Essas crianças não vêem para si um futuro melhor que de seus pais. As meninas provavelmente entrarão para a prostituição e os meninos trabalharão em subempregos dentro dos bordéis, servindo bebidas e cobrando os mal pagadores.
A idéia inicial do documentário era fotografar as prostitutas desta Zona, mas ao conhecer as crianças que moravam dentro dos bordéis, Zana desperta seu lado de educadora. Mesmo não sendo uma professora, dá uma câmera fotográfica para cada uma das oito crianças que se interessaram por seu trabalho e lhes ensina a arte da fotografia, onde estas máquinas se transformam em mais do que um aparelho fotográfico, estas crianças ganham esperança e voz por meio das câmeras. Elas nos levam a enxergar o mundo pelos seus olhos e conhecer suas vidas.
Zana se envolve com esse grupo de crianças movida por um sentimento de compaixão e se engaja na causa de conseguir escola para essas crianças, e que estas consigam a permissão de seus pais e seu apoio para seguir nos estudos até o fim. Algumas seguem os estudos, outras não. Uma das crianças foge do internato, outra a própria família retira.
As fotografias são lindas, escolhidas por eles em grupos de conversas e estudos sobre esta arte. Esse documentário trata da arte como forma de libertação e crescimento, sobre talentos que são desperdiçados em meio a pobreza e sobre nossas escolhas e atitudes frente a situações que vemos e convivemos no nosso dia a dia: podemos ficar indiferentes ou tomar atitudes. É um filme que nos faz refletir sobre nossas escolhas, sobre se o que fazemos está contribuindo de modo significativo para o crescimento de seres que nos tem como exemplos. É bom de vez em quando pararmos e pensarmos no que podemos melhorar e mudar, deixarmos de ser conformistas e pacatas frente a algumas situações, como a violência infantil por exemplo. Quantas de nós tem coragem de se envolver , ou até que ponto, para ajudar na vida de nossos alunos? São muitas as questões, e fica a critério de cada um de nós, assim como tudo nesta vida.
Aproveito aqui para dar o site para mais detalhes do filme caso alguém se interesse
http://www.bornintobrothels.com/
Filme "Leões e Cordeiros"
No fime Leões e Cordeiros é levantada uma série de questões políticas sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Percebemos a responsabilidade que tem a imprensa na vida das pessoas que vivem indiferentes ao que acontece nas guerras. Paralelamente à conversa do professor com um aluno cujo interesse se perdeu está uma jornalista que tem uma matéria exclusiva com um senador ambicioso cuja intenção é vender uma boa imagem aos cidadãos americanos.Pelas declarações do senador a jornalista percebe logo que se trata de mais uma operação falha. Há um momento em que o senador diz: “Faremos qualquer coisa”(nota-se que a jornalista fica incomodada de estar sendo manipulada, pois sabe a força que os poderosos tem conseguirem alcançar seus objetivos). Os amigos Ernest e Arian são soldados voluntários que estão sendo levados a uma operação suicida, sendo estes dois ex alunos de um professor idealista, que se encontra naquele momento em uma Universidade tendo uma conversa com um aluno que tem como ideal de sonho americano casar, ter uma boa casa e um carro. O professor faz questionamentos, tenta mostrar a esse aluno que ele pode ter uma escolha: a de não se deixar manipular nem ser iludido. O final do filme nos faz questionar ao ver os túmulos de milhares de soldados: de quem é a guerra? É dos soldados, leões lutando bravamente? Ou será dos “cordeiros” que os mandam para morrer? Atitudes de políticos irresponsáveis como o senador do filme, que por detrás de seus atos está o prestígio e o poder. Qual o nosso papel como educadores? A mídia está cada vez alienando mais as pessoas com seus noticiários fabricados e suas novelas. Isto me lembra a política do”Pâo e Circo”, ou seja, entretenimento para o povo não refletir sobre os graves problemas que estão ocorrendo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Lembranças da visita ao Margs


Eu e minhas colegas e amigas Dulce, Luciana e Juraci tivemos a felicidade de visitar as obras que estão em exposição no Margs em comemoração ao ano da França no Brasil. Achei maravilhoso, pois tanto o museu como as obras foram vistas pela primeira vez por mim. A cada dia tenho mais prazer em estar fazendo este curso e ter as oportunidades que estou vivenciando. A foto acima foi tirada no caminho para o museu e foi a foto que postei na disciplina de Fotografia na qual deveríamos realizar efeitos na foto.A visita ao Margs será sempre uma boa lembrança.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Visita ao Margs "Arte na França 1860-1960: O Realismo"


Tive a felicidade de visitar o Museu de Arte do Rio Grande do Sul no dia 4 de agosto juntamente com colegas do curso de Artes. Foi a primeira vez que pude contemplar obras de arte famosas, até então só vistas por mim através de revistas, livros e televisão. Particularmente achei incrível estar frente a frente com obras conhecidas mundialmente e de valor inestimável. Ao olhar alguns quadros como por exemplo os de Modigliani, imaginava sua vida, toda a tragetória do pintor e daquele quadro, que naquele momento estava sob meu olhar.Penso em todos os possíveis locais que estes quadros passaram, pelas mãos que os transportaram, pelos olhos que os admiraram. É como se estes quadros tivessem uma história para contar, caso falassem.Seria incrível, mas como é impossível, gosto de imaginar. Lembro das cenas de filmes que vi onde aparecem quadros que estão nesta exposição. A sétima arte também está sendo uma das maneiras que estou encontrando de me aproximar dos grandes artistas e conhecer melhor como viveram.

Penso que é uma grande oportunidade que os gaúchos estão tendo de ver obras de Monet, Van Goh, Renoir, Picasso, Cézanne, Coubert, Dalí, Manet,Degas, além de brasileiros como Cândido Portinari, Almeida Junior, Iberê Camargo, Lsar Segall e Guignard- que viveram na França ou tiveram influência do realismo em seus trabalhos.

Lembrando que esta exposição vai até o dia 30 de agosto e o ingresso é um quilo de alimento não peressível ou um agasalho e o horário é de terças a domingo, das 10h às 19h. O local é o Margs, que fica na Praça da Alfândega, Centro de Porto Alegre.

sábado, 1 de agosto de 2009

Idéias fundamentais para contribuir na formação do “ser professor”(extraídas do vídeo “Ser Professor no Contexto Atual”)

1. O professor deve ser um agente instigador para o aluno, deve despertar nele sua capacidade de pensar, e não apenas fazer com que ele reproduza conteúdos. (Jonh Dewey, Filósofo norte-americano)

2. O professor precisa ter em mente que o aprendizado é construído pelo aluno e “passado” pelo professor, que deve ser um estimulador deste aprendizado.

3. O aluno deve ter a superação da consciência ingênua para a consciência reflexiva. (proposta de Paulo Freire)

4. O professor deve ser qualificado e com conhecimentos amplos na área das ciências humanas, mesmo que seja um professor de ciências exatas, como matemática. (Perrenoud, Sociólogo Suíço)

5. O professor precisa ser reflexivo e pesquisador, tendo ao longo de seu exercício docente uma formação continuada. (Antônio Nóvoa)

Levando estas idéias para a prática docente no ensino de Artes, me pego pensando como é rico o campo a ser pesquisado e explorado, tanto pelos alunos como por seus professores, e que deve ser um processo conjunto, onde aluno e professor construam o conhecimento inserido na prática cotidiana. Darei um exemplo: no lugar do professor de Artes dar uma matriz de um desenho para o aluno pintar, ele poderia fazer releituras de obras de pintores, onde os alunos pesquisariam sobre sua vida e reproduziriam na prática sua técnica.
É claro que este é apenas um exemplo, pois é fundamental que o professor avalie que o conhecimento seja significativo para seu aluno, contextualizado com sua realidade. Nós como professores precisamos pensar no aluno a partir dele mesmo, fazendo reflexões constantes sobre o nosso fazer pedagógico. Devemos ter a clareza da necessidade de uma formação continuada e retirar das idéias de filósofos, sociólogos, pedagogos e pensadores o que realmente é importante e plausível de ser realizado, não ficando somente no campo da teorização.