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  • Vermelho como o Céu

domingo, 16 de agosto de 2009

Filmes assistidos no Seminário Integrador 1 Ser Professor no Contexto Atual-Curso de Artes Visuais UFRGS

Gostei muito do filme “O Sorriso de Monalisa”. O período pós-guerra na qual se passa o filme era uma época em que as mulheres eram incentivadas a ficar em casa e assumir o papel de esposas e mães. A atriz principal do filme, Julia Roberts, é a meu ver uma feminista, pois foi neste período que surgiram as pioneiras do feminismo, enfrentando tabus e quebrando preconceitos numa época onde o homem ditava as regras. Particularmente achei o filme lindo, principalmente nas cenas em que a professora passa os slides para as alunas e a partir destes gera uma série de indagações, tais como o que é a arte, quem decide o que é arte, o que é feio, o que é bonito, a fotografia é arte?A professora teve um papel de mexer com as concepções que já estavam incutidas no que podemos chamar de senso comum, onde havia um pré conceito em relação ao que era belo nas Artes e um pré conceito em relação ao papel da mulher na sociedade. É um filme que nos faz refletir sobre nosso papel como educadores e instigadores de nossos alunos, no sentido de fazermos estes refletirem sobre os conceitos enraizados em nossa sociedade e sobre o que querem para suas vidas e que estão fazendo para alcançar seus objetivos. É um filme de outra época, mas mostra que hoje, como no passado, há professores que repetem única e exclusivamente o que aprenderam e há professores que tem a vontade e a coragem de inovar, de tentar algo diferente, desafiador. Com certeza este filme nos faz refletir sobre nosso fazer pedagógico.


Algumas frases ditas no filme que achei interessantes:


“Nem todo errante é sem propósito, especialmente aquele que busca a verdade além da tradição, além da definição, além da imagem.”



Arte é “fazer algo palpável de algo completamente impalpável.”



“A Arte não precisa fazer sentido, é pura expressão de emoções.”
Filme "Nascidos em Bordéis"
Eu não conhecia este filme documentário e achei-o emocionante, assim como a maioria das colegas. Este documentário é sobre um grupo de crianças nascidas e criadas na Zona da Luz Vermelha de Calcutá, Índia. Essas crianças não vêem para si um futuro melhor que de seus pais. As meninas provavelmente entrarão para a prostituição e os meninos trabalharão em subempregos dentro dos bordéis, servindo bebidas e cobrando os mal pagadores.
A idéia inicial do documentário era fotografar as prostitutas desta Zona, mas ao conhecer as crianças que moravam dentro dos bordéis, Zana desperta seu lado de educadora. Mesmo não sendo uma professora, dá uma câmera fotográfica para cada uma das oito crianças que se interessaram por seu trabalho e lhes ensina a arte da fotografia, onde estas máquinas se transformam em mais do que um aparelho fotográfico, estas crianças ganham esperança e voz por meio das câmeras. Elas nos levam a enxergar o mundo pelos seus olhos e conhecer suas vidas.
Zana se envolve com esse grupo de crianças movida por um sentimento de compaixão e se engaja na causa de conseguir escola para essas crianças, e que estas consigam a permissão de seus pais e seu apoio para seguir nos estudos até o fim. Algumas seguem os estudos, outras não. Uma das crianças foge do internato, outra a própria família retira.
As fotografias são lindas, escolhidas por eles em grupos de conversas e estudos sobre esta arte. Esse documentário trata da arte como forma de libertação e crescimento, sobre talentos que são desperdiçados em meio a pobreza e sobre nossas escolhas e atitudes frente a situações que vemos e convivemos no nosso dia a dia: podemos ficar indiferentes ou tomar atitudes. É um filme que nos faz refletir sobre nossas escolhas, sobre se o que fazemos está contribuindo de modo significativo para o crescimento de seres que nos tem como exemplos. É bom de vez em quando pararmos e pensarmos no que podemos melhorar e mudar, deixarmos de ser conformistas e pacatas frente a algumas situações, como a violência infantil por exemplo. Quantas de nós tem coragem de se envolver , ou até que ponto, para ajudar na vida de nossos alunos? São muitas as questões, e fica a critério de cada um de nós, assim como tudo nesta vida.
Aproveito aqui para dar o site para mais detalhes do filme caso alguém se interesse
http://www.bornintobrothels.com/
Filme "Leões e Cordeiros"
No fime Leões e Cordeiros é levantada uma série de questões políticas sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. Percebemos a responsabilidade que tem a imprensa na vida das pessoas que vivem indiferentes ao que acontece nas guerras. Paralelamente à conversa do professor com um aluno cujo interesse se perdeu está uma jornalista que tem uma matéria exclusiva com um senador ambicioso cuja intenção é vender uma boa imagem aos cidadãos americanos.Pelas declarações do senador a jornalista percebe logo que se trata de mais uma operação falha. Há um momento em que o senador diz: “Faremos qualquer coisa”(nota-se que a jornalista fica incomodada de estar sendo manipulada, pois sabe a força que os poderosos tem conseguirem alcançar seus objetivos). Os amigos Ernest e Arian são soldados voluntários que estão sendo levados a uma operação suicida, sendo estes dois ex alunos de um professor idealista, que se encontra naquele momento em uma Universidade tendo uma conversa com um aluno que tem como ideal de sonho americano casar, ter uma boa casa e um carro. O professor faz questionamentos, tenta mostrar a esse aluno que ele pode ter uma escolha: a de não se deixar manipular nem ser iludido. O final do filme nos faz questionar ao ver os túmulos de milhares de soldados: de quem é a guerra? É dos soldados, leões lutando bravamente? Ou será dos “cordeiros” que os mandam para morrer? Atitudes de políticos irresponsáveis como o senador do filme, que por detrás de seus atos está o prestígio e o poder. Qual o nosso papel como educadores? A mídia está cada vez alienando mais as pessoas com seus noticiários fabricados e suas novelas. Isto me lembra a política do”Pâo e Circo”, ou seja, entretenimento para o povo não refletir sobre os graves problemas que estão ocorrendo.

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