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segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Proposta Triangular como a manifestação pós-moderna na arte/educação brasileira.

O DBAE é a manifestação americana pós-modernas no ensino da arte e a Proposta Triangular a manifestação brasileira que procura responder ás necessidades brasileiras, em especial a de ler criticamente o mundo. Estes dois sistemas de arte/educação se diferem, pois o brasileiro é baseado em ações: fazer-ler-contextualizar, sendo que o americano é baseado em disciplinas: estética-história-crítica e numa ação, o fazer artístico.

Oswald de Andrade escreveu o Manifesto Antropófago criando o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura europeia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro.

A orientação de ambas as propostas, brasileira ou norte-americana, é incluir o estudo e a leitura de obras de arte nas atividades curriculares. Dentro do pensamento Antropofágico Ana Mae Barbosa procura um modo de trabalho não restrito à disciplinarização do conhecimento e à História da Arte, concebida dentro dos padrões enciclopédicos europeus. Essa metodologia procura integrar o fazer, o fruir e o conhecer os contextos da arte global com as culturas regionais e locais. Todavia, ao se definir a obra de arte como um dos pontos centrais do trabalho pedagógico em artes, não se está elegendo obras da cultura erudita ocidental como eixo fundador de uma metodologia.

Ensinar Artes, no Brasil, pressupõe que se dialogue com uma diversidade de culturas, etnias, religiões, saberes informais e, também, com toda a inserção de artefatos de consumo e produções midiáticas contemporâneas. Esta proposta contribuiu de modo positivo no ensino de artes no Brasil porque contribuiu com uma abordagem intercultural, onde múltiplas culturas e a pluralidade de suas manifestações interagem.

Como a Proposta Triangular é aberta a diferentes enfoques estéticos e metodológicos o professor precisa estudar e procurar sólidas bases conceituais para fundamentar seu trabalho, não impondo métodos aos alunos, fazendo com que sua didática vire uma receita, como já ocorreu com esta metodologia triangular quando da proliferação de trabalhos em cima de releituras de obras de arte. Mesmo que o professor se baseie em métodos, não existem conhecimentos acabados e professores e alunos devem caminhar juntos na busca de novos conhecimentos.

Referências:
http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/1265/1076
Barbosa, Ana Mae (org.). Ensino da arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008.
http://peadportfolio156704.blogspot.com/2007/10/novas-descobertas.html

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